Substâncias tóxicas que afetam a saúde – qual a solução?

Uma reportagem recente no caderno Equilíbrio, da Folha de São Paulo, abordava um tema que está sendo uma preocupação cada vez mais frequente de uma população que está “antenada” no impacto do ambiente na nossa Saúde e Qualidade de Vida: a ‘Fuga das substâncias tóxicas’ presentes em tinturas e esmaltes.

A jornalista entrevistou algumas mulheres que abandonaram a prática de tingir os cabelos e até do uso de esmaltes devido a presença de inúmeros componentes que afetam diretamente o corpo, como tolueno, amônia, peróxido de hidrogênio, entre outros. E a realidade é que existem muito mais toxinas nos rodeando do que talvez tenhamos conhecimento.

Apenas para exemplificar as mais frequentes, e que causam grande impacto em nós, estão:

Arsênico: substância que mais oferece risco à Saúde, presente em Frutos do Mar, fumaça de carros, pesticidas;

Chumbo: segunda substância mais deletéria à saúde, sendo um grande responsável por dores de cabeça constante, diminuição de resistência dos ossos, etc. Componente de tintas para cabelos (fixadores de cor), alimentos enlatados, tintas de parede, encanamento de água, panelas de cerâmica, perfumes, maquiagens. (No Projac, da Rede Globo, já há mais de 5 anos que as maquiagens utilizadas são sem Chumbo – da Forever Living- por preocupação das Globais com a toxicidade deste metal);

Alumínio: nos desodorantes comuns;

Ácido Perfluoroctanóico: considerado um “obesogênico ambiental”, por causar disrupturas no metabolismo que predispõe à obesidade e ao ganho de peso. – componente de roupas Dry Fit, saco de pipoca de microondas, carpetes;

Ftalatos, Bisfenol A e Poliestireno, que causam alterações na produção hormonal, principalmente de homens, aumentando a sua produção de hormônios femininos (estrogênios), além de aumentarem drasticamente a produção de radicais livres em nosso corpo e alterarem a mebrana das células – sendo componentes dos plásticos (recipientes, sacos, garrafas), das embalagens de salgadinhos, da tampa metálica dos potes de yogurtes, etc.

É assustadora a relação de substâncias tóxicas à nossa saúde e quando paramos para refletir, percebemos o quão diferente é o Mundo que vivemos hoje do ambiente que nossos avós experimentaram. Não fica muito difícil perceber o porque das doenças crônicas hoje serem tão incidentes e quase banais. O câncer pode ser considerado uma epidemia? Naturalmente que sim, pois se ele é por definição o funcionamento inapropriado de nossas células em um processo cumulativo até se tornarem um tumor, parece um tanto quanto óbvio imaginar o porque tantas células e com tanta frequência deixam de funcionar como deveriam.

Porém, é impossível pensarmos que a solução é abandonar este Universo que nos rodeia, isolando-nos de tudo e de todos para assim sermos saudáveis. Isto por si só já é uma contradição que nada tem a ver com a Saúde. No entanto, temos sim que buscar mecanismos de nos desintoxicar de períodos em períodos. Por isso, atualmente em países de Primeiro Mundo, o “Detox” é algo tão praticado e estudado. Mas isto deve começar com avaliações e exames médicos funcionais para saber qual o seu grau de intoxicação e o que será necessário para minimizar este efeito. Os benefícios que este processo gera no corpo são sentidos logo nas primeiras semanas. Paralelamente, o caminho certo é começarmos a escolher melhor os nossos alimentos (orgânicos, naturais, integrais, sem hormônios, etc) e os produtos que optamos por utilizar: desodorantes sem alumínio, tinturas com menor potencial químico possível, usar panelas e garrafas de vidro, substituir os recipientes plásticos por vidro e assim por diante.

 

Responsável pelo Wellness and Health Center do Buddha Spa Ibirapuera

Médica Nutróloga, membro da American Academy of Anti -Aging Medicine…

 

 

 

 

Imagens: cc flickr.com/usdagov / cc flickr.com//breville

 

 

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