Vale a pena fazer botox?

A aplicação de toxina botulínica (conhecida popularmente como Botox) é um procedimento seguro, de ação exclusivamente local e que traz excelentes resultados quando bem indicada e aplicada com bom senso. Em primeiro lugar, devemos entender seu mecanismo de ação.

A toxina atua no músculo, sendo recomendada para rugas de expressão, ou seja, que se formam quando a musculatura da face se movimenta. Assim sendo, esses movimentos devem ser bem estudados para cada paciente, a fim de atenuarmos essas linhas formadas pela contração muscular e ao mesmo tempo preservarmos a naturalidade das expressões faciais.

Os melhores resultados acontecem quando as rugas são dinâmicas, ou seja, aparecem exclusivamente com o movimento e quando se utiliza a quantidade de toxina que apenas ameniza o movimento que está em excesso causando a ruga e não o paralisa totalmente.

Além disso algumas regiões, como ao redor dos olhos (rugas conhecidas como “pés-de-galinha”), quando tratadas de determinado modo, podem alterar a forma de como a pessoa sorri. O sorriso, nesse caso deve ser muito bem avaliado antes da aplicação e vale a pena em alguns casos manter um pouco de rugas em favor da naturalidade de expressão.

Quando as rugas são estáticas em geral é necessário associar um preenchimento para que possamos ter bons resultados sem precisar aumentar a quantidade de toxina utilizada. A duração descrita em literatura varia de três a seis meses, de acordo com a predisposição individual de cada um. Algumas toxinas promovem maior durabilidade.

Se vale a pena a aplicação?

Quando bem feita, os resultados são muito gratificantes, além do efeito profilático, prevenindo rugas dinâmicas, de pessoas mais jovens, de se tornarem estáticas com o tempo. Como a melhora é temporária, sua utilização em termos de custo/benefício fica a critério de cada um. Nós mulheres tingimos nossos cabelos brancos uma vez por mês. Para quem fica bem com o Botox, aplicá-lo a cada 4 ou 6 meses, se for possível, me parece razoável.

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Mestre e doutora pela USP, coordenadora da Dermatologia Integrada no Buddha Spa Ibirapuera e Higienópolis

Imagem: Photl.com