Glúten e leite: mitos ou ciência?

Muito se tem comentado sobre o impacto na saúde do consumo do glúten e do leite. Desde o início do ano até agora, este tema foi capa das mais renomeadas revistas no país, como Claudia (Dieta sem glúten e sem leite para emagrecer); Boa Forma (Dieta sem leite – Abril: Dieta sem glúten – agosto); Época (Pão sem trigo / dieta do trigo – comida do futuro) e diversas outras.

 

 

 

O glúten, presente no trigo, na cevada, na aveia e no malte, que é uma proteína tão grande a ponto do nosso corpo não conseguir digerí-la, passando intacta pelo nosso estômago e ao entrar em contato com as paredes do nosso intestino, causa uma grande irritação local, um verdadeiro processo inflamatório, aumentando a permeabilidade do intestino para que ela passe para a corrente sanguínea ao invés de ser eliminada, assim como diversas toxinas advindas da alimentação e que naturalmente nosso intestino eliminaria. E os fragmentos desta proteína mais as toxinas na circulação, começam a ser distribuídas aos mais diversos órgãos, causando intoxicações locais e má funcionamento. Além disso, o glúten, ao longo dos anos, vem passando por tantas transformações genéticas para o aumento da produtividade, que o seu grau de toxicidade pode ser ainda triplicado ao que era antigamente.

E pasmem: ao contrário do que se acreditava antigamente que apenas as pessoas intolerantes ao glúten, portadores da doença celíaca, é que se beneficiariam com a sua retirada da alimentação, qualquer indivíduo tem a sua saúde abalada pelo consumo de glúten, e a retirada desta proteína como da do leite (beta-lactoglobulina – não digerida também pelo corpo, passando pelo mesmo processo do glúten no nosso intestino), mesmo que por alguns períodos, traz inúmeras vantagens à saúde, sendo as mais exuberantes para pessoas que querem emagrecer ou com problemas associados ao excesso de peso; para indivíduos alérgicos, seja por processos respiratórios, alimentícios ou de pele (sabe-se hoje que um dos maiores causadores de acne é o consumo de leite e derivados na dieta); para aqueles que sofrem por problemas inflamatórios gástricos ou intestinais; de oscilações frequentes de humor; fadiga crônica; entre outros.

Doenças causadas pelo consumo de alimentos tóxicos?

Um dos mais renomados médicos dos EUA, médico de celebridades como Gwyneth Paltrow, Alejandro Junger, tem documentado em seus livros e artigos científicos centenas de casos de doenças crônicas como depressão, diabetes, doenças cardiovasculares, alergias, doenças autoimunes, infertilidade e até cânceres, atribuídos pelo excesso de toxinas no organismo e a sua cura através da retirada destes alimentos tóxicos.

Na mesma linha está o cardiologista norte-americano William Davis, citado recentemente na revista Época, que em seu livro “Barriga de Trigo” aponta como o grande responsável pelo agravamento e surgimento de obesidade, diabetes, doenças intestinais e do coração são devido à presença do glúten em nossa alimentação.

A ciência tem papel indiscutível em relação ao conhecimento, porém, muito além dela, vivendo na prática, as mais diversas affecções, crônicas e agudas, sendo eliminadas do corpo com a eliminação de toxinas, com o estabelecimento de uma “alimentação limpa“.

“Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio”.

 

Responsável pelo Wellness and Health Center do Buddha Spa Ibirapuera

Médica Nutróloga, membro da American Academy of Anti -Aging Medicine…

 

 

 

 

Imagens: Photl.com

 

Deixe uma Resposta

Deixe uma resposta