Saúde – uma conquista diária

A SAÚDE DO NOSSO PLANETA DEPENDE DA NOSSA SAÚDE.  E NÓS, SOMOS SAUDÁVEIS?

O meio ambiente em que vivemos é o reflexo de nós mesmos. Todas as ações ambientais que visam a melhoria tanto da nossa cidade quanto do nosso planeta, só podem ser colocadas em prática por seres humanos saudáveis.

Parece simples ser saudável e a maioria das pessoas se considera saudável, entretanto dependendo de como olharmos para nossa saúde podemos encontrar vários pontos que não estão realmente saudáveis quanto imaginávamos.

Há alguns anos atrás a OMS (organização mundial de saúde) definia saúde simplesmente como a ausência de doença. Hoje essa definição é bem mais ampla: “ saúde é o bem estar, dinâmico, físico, emocional, social e espiritual do indivíduo”. Sob essa nova perspectiva, cada um de nós pode contar nos dedos das mãos as pessoas saudáveis que conhecemos e muitos de nós, que nos considerávamos saudáveis, precisamos parar e avaliar nossa saúde. Parece difícil ter saúde física, mental e emocional, saiba porém, que isso está ao alcance de todos nós.

Em 1920, Rudolf Steiner, o pai da antroposofia, definiu sabiamente o ser humano em um sistema chamado “trimembração”, que seria a divisão didática do ser humano entre o “pensar”, o “sentir “e o “querer”, ou seja, nossos pensamentos definem nossos sentimentos, que definem nossas ações. Tudo começa com a qualidade dos nossos pensamentos. Se eles forem saudáveis e o nosso querer for forte, ou seja, se tivermos força de vontade para colocar esse pensar saudável em prática, tudo está resolvido. Poderemos por exemplo, abandonar certos vícios, transformar os maus hábitos, como sedentarismo e os hábitos alimentares inadequados, e assim por diante.

Quanto ao sentir, a base para nossa saúde reside no perdão. Sim, a capacidade de nos perdoarmos pelos nossos erros e de perdoarmos pessoas que nos magoaram gera a saúde dos nossos sentimentos. O perdão é crucial para a nossa saúde. E um perdão genuíno não é um perdão de pensamento, mas sim de sentimento. Ele só ocorre de fato se ao nos lembrarmos dos erros que cometemos ou encontrarmos com pessoas que nos magoaram, sentirmos uma profunda paz no coração.

E como fortalecer o nosso querer e transformar pensamentos negativos em saudáveis? Certamente existem algumas técnicas, mas o que temos atualmente com comprovação científica e que atinge essa meta é a meditação. Com o aprendizado dessa técnica e a transformação dela  em um hábito diário os resultados são surpreendentes. Há relatos de melhora de insônia, ansiedade, síndrome de pânico e diminuição considerável na quantidade de pensamentos negativos, o que se reflete em uma sensação de paz e de felicidade. Sim, felicidade. As pessoas que meditam são mais felizes, isso é comprovado! São relatados ainda, reequilíbrio hormonal, melhora cardiovascular e de depressão.

Lembrando que tão importante quanto tudo isso é a nossa alimentação e os exercícios físicos, que nos dão força muscular, equilíbrio e melhoram a nossa função cardiopulmonar.

Muitos já devem ter ouvido a frase: “nós somos o que comemos”. Na verdade, tudo na vida é alimento. Nós somos o que comemos, o que pensamos,o que sentimos, o que lemos, os filmes que assistimos, as relações humanas que cultivamos, e assim por diante…

O que todos nós precisamos mais do que tudo é ter a consciência de que o ganho de saúde é um processo ativo e de nossa total responsabilidade.

Devemos trocar na nossa mente a antiga ideia de que ir ao médico fazer um “check up” e eventualmente fazer uso de alguns medicamentos resolve nossos problemas. Essa é uma ideia ultrapassada. Estamos na era da consciência !

Nossa saúde é uma conquista diária e depende apenas de nós mesmos. Quando melhoramos a nós mesmos tudo a nossa volta também evolui para melhor. Passamos a ver o mundo mais belo e passamos a contribuir para que ele fique cada vez mais belo.

Vale a lembrança da famosa frase do Ghandi: “Seja a mudança que você quer ver no mundo”.

www.christianaalonso.com.br

Formada em medicina pela faculdade de medicina da USP (FMUSP)

Imagem cc Eddi van W.

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